quarta-feira, 27 de outubro de 2010

TEMPUS FUGIT

Este post é um pouquinho extenso mas acredito que compensa ler. Forte abraço, Deus abençoe e boa blogada!  ;)


Briguei com meu relógio!!!
            Ele, meio abastardado parece não gostar de mim! Já me senti até... Traído. Tão frio, tão mecânico, tão traiçoeiro e... Incerto.
            Parece-me que ao invés de cumprir o papel que é lhe dado por essência, por excelência, em que se perfaz em simplesmente discorrer conforme o tempo e concretizar que o tempo passe naturalmente, ele insiste em fazer “gracinhas” sem graça.
            Nos melhores momentos, quando quero que o tempo pare, que desejo viver aquele momento que é especial (ainda que não perceba), que me faz tão feliz, que me preenche, que permite até com que eu esteja perto de quem mais amo, o “dito cujo”, o qual com que me recuso a falar o nome num ato infame e desalmado acelera seus ponteiros. Tenho a impressão que ele pode dominar até o sol, as nuvens, o dia e a noite. Desta forma faz com que aquilo que vivo, ao invés de perdurar longamente se comprima em um único segundo. É... Um segundo!
            E as situações tristes, aquelas dolorosas que machucam não o corpo, mas a alma. Situações as quais me oprimem e que fazem extrair dos olhos lágrimas árduas, que carregam nelas o meu orgulho, fazendo-o cair por terra. Momentos estes que desejaria que nem existisse, ou ao menos que durasse pouco, pouco mesmo, de uma forma insignificante, aí “ele” calado e sutilmente pára, trava, desmerecidamente descansa e acha que me engana. O que me resta é deixar com que a minha alma grite mesmo com minha boca fechada e ainda com os olhos também fechados eu enxergue o que eu não quero ver.
            Já quis me separa dele, fracassei por várias vezes, insisti, mas... Desisti. Desisti do desalmado, mas não da minha vida que por sinal valeu o sangue de um grande fidalgo.
            Hoje, mesmo com “ele nos punhos” me coloco na posição de vencedor! Ainda não aprendi fazer-lo marcar o tempo certo (ou pelo menos o que minha ignorância julga certo), no entanto, agora consigo fazer que momentos lacrimosos percam sua pseudo-imponência aprendi a encará-los de olhos abertos, assim percebi que não são tão longos como pensava, é que antes minha coragem fugira, mas na mesma direção em que a dor também corria. Desta forma consigo fazer com que isso passe quase despercebidamente.
            Contudo, aqueles momentos sublimes que as vezes me dão a impressão de êxtase continuam a passar rápido. Porém me sobreponho a “ele” e me sinto poderoso, não por mim, mas pela força de alguém onipotente! Assim, faço com que este um segundo que parece tão curto seja eterno.
 

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